Passamos por muitas etapas diferentes em nossa jornada, cada vez mais, sinto que precisamos estar emocionalmente equilibrados para poder caminhar com mais leveza e amor diante de nossas experiências. Hoje, atravesso o momento de aceitar e respeitar os limites do corpo com a idade.
No auge dos meus 71 anos, tenho a consciência de que bom ainda estar aqui, mas ao mesmo tempo as reflexões continuam intensas e com ar de despedida deste ciclo, e está tudo certo, desde que olhemos para a finitude como o mistério da grande jornada.
CONFIANÇA NA VIDA – QUANDO MENOS ESPERAMOS A FINITUDE DA VIDA BATE À NOSSA PORTA
Mas isso não elimina as coisas ruins – como as doenças de um corpo que já viveu bastante e que ainda não domina o equilíbrio físico. Estamos aprendendo a cuidar mais do corpo e da mente, mas junto com toda a riqueza de estar vivo existe o grande desafio de conhecer o porquê estamos aqui e como manter o coração ligado ao nosso eu superior.
A ALEGRIA É PARA A ALMA O QUE AS ASAS SÃO PARA UM PÁSSARO
E tudo isso me faz lembrar minha mãe e o quanto éramos parceiras, lembrando que o idoso também tem suas chatices, mas que merece toda nossa atenção e amor. Em nosso país parece que ainda falta muito respeito e oportunidade para os idosos.
Além de não ter uma estrutura que possa favorecer seu último estágio nessa jornada, falta amor e respeito pela sabedoria acumulada e pela oportunidade de ter nascido através deles. Espero que de mãos dadas possamos acolher essa fase também linda e rica da vida. Lembrando que a família pode exercitar em nós o caminho do amor que tanto alimenta nossa alma.