CONHEÇA E ASSISTA AOS CURTAS INDICADOS AO GP DO CINEMA BRASILEIRO 2022

PREMIAÇÃO ACONTECE EM 10 DE AGOSTO, NO RIO DE JANEIRO
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26.07.2022

Divulgação / Reprodução

A menos de um mês para a cerimônia de premiação do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, marcado para 10 de agosto, no Rio de Janeiro, o Portal Pepper apresenta os 15 curtas-metragens indicados nas três categorias que contemplam o formato: animação, documentário e ficção. Embora tenha passado a cobrar mensalidade recentemente, o site Porta Curtas mais uma vez disponibiliza todos os finalistas de maneira gratuita, mediante um rápido cadastro na plataforma.

APÓS 20 ANOS, PORTA CURTAS DEIXA DE SER GRATUITO

Trata-se de um ano histórico, em que 12 dos curtas indicados são dirigidos por mulheres, mesmo número da edição de 2021 do prêmio. No ano passado, porém, foram 18 os concorrentes finais, três a mais do que os 15 deste ano.

Em ordem de preferência, conheça os atuais finalistas, oriundos de um total de 62 inscritos:

Antes de tudo, é preciso dizer que o ainda baixo número de membros ativos na Academia Brasileira de Cinema (pouco mais de 200) segue gerando algumas controvérsias: enquanto há produções com quantidade exagerada de indicações, outras igualmente notáveis são pouco ou nada lembradas, dando indícios de que talvez existam “panelas” demais no círculo de associados. A Academia tem se movimentado para ampliar seu quadro de integrantes, criando planos financeiramente mais atrativos para os profissionais aderirem à associação, mas são iniciativas recentes.

Ao menos por enquanto, algumas ausências ainda se tornam difíceis de compreender. É o caso de ‘Napo’, curta animado de Gustavo Ribeiro, premiado em inúmeras mostras e festivais pelo mundo. A produção não só deveria estar entre as finalistas, como teria grandes chances de conquistar a categoria. ‘Napo’ está disponível no Youtube. Assista e tire suas conclusões:

ANIMAÇÃO EM CURTA-METRAGEM

‘SOLITUDE’, de Tami Martins

A linda poética entre a reconstrução das relações exteriores de Sol, a protagonista, e o reencontro consigo mesma fazem de ‘Solitude’ um forte candidato ao prêmio. Está disponível também no YouTube:

‘MITOS INDÍGENAS EM TRAVESSIA’, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

Seis antigas lendas indígenas, das etnias Kuikuro, Javaé e Kadiwéu, animadas de maneira criativa, com interações entre personagens e fotografias de cenários naturais ao fundo, dão voz e espaço aos verdadeiros donos desta terra, fortalecendo seus valores e cultura. Mais um grande concorrente, também presente no YouTube:

‘AURORA – A RUA QUE QUERIA SER UM RIO’, de Radhi Meron

Ao apresentar uma rua contando sua própria biografia, o instigante curta reflete sobre o processo histórico da formação urbana do país, questionando se o modelo adotado era o mais adequado e, especialmente, se este ainda faz sentido. Outro indicado que pode ser conferido no YouTube:

‘BATCHAN’, de Ester Harumi Kawai

Assim como ‘Napo’, este curta também presta homenagem aos avós, especialmente aqueles que se tornam verdadeiros anjos em nossas vidas. De cunho bastante pessoal, ‘Batchan’ (termo japonês para “avó”) tem a estética de seus traços e cores como pontos fortes, mas perde força na interpretação da narradora e ainda sofre tecnicamente com um áudio irregular. Trata-se do trabalho de conclusão da pós-graduação da diretora na Faculdade Méliès, e é o único desta categoria que pode ser assistido apenas no Porta Curtas, clicando aqui.

‘CENAS DA INFÂNCIA’, de Kimberly Palermo

Uma inusitada fábula em limitado stop-motion, inspirada nas teorias de Freud e realizada por estudantes da Universidade Federal Fluminense, onde a vida de um filhote de rato não é mais a mesma após flagrar as variadas práticas sexuais de seus pais. Veja no YouTube:

DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

‘YAÕKWA, IMAGEM E MEMÓRIA’, de Rita Carelli e Vincent Carelli

Ao lado da filha, o veterano documentarista apresenta ao povo Enawenê Nawê imagens de seu mais longo ritual, o Yaõkwa, registrado pelo projeto Vídeo nas Aldeias entre os anos 90 e início da década de 2000. Esses vídeos ajudam os atuais membros da comunidade a resgatarem cantos e práticas que foram sendo perdidas com o passar dos anos. Mais um candidato que exalta a cultura, a existência e a resistência indígena. Confira aqui.

‘A FOME DE LÁZARO’, de Diego Benevides

O mais estético e estiloso dos indicados acompanha, no interior da Paraíba, a popular tradição do Dia de São Lázaro, quando os moradores se reúnem e preparam um banquete para seus cachorros, servindo-se em seguida no mesmo prato onde os caninos se alimentaram. Assista aqui.

‘FOI UM TEMPO DE POESIA’, de Petrus Cariry

A partir de imagens registradas em filme super-8 por seu pai, o também cineasta Rosemberg Cariry, ao longo da década de 80, o diretor partilha a bonita relação de afeto e admiração que viveu durante sua infância com o poeta Patativa do Assaré (1909-2002), nos levando, por extensão, a conhecer o virtuoso artista sob um novo olhar. Veja aqui.

‘MÃE SOLO’, de Camila de Moraes

Alternando algumas belas sequências encenadas com depoimentos em formato padrão, o curta destaca o alto número de mães chefes de família na região periférica de Salvador (BA), traçando um panorama de suas condições sociais e históricas. Acesse aqui.

‘FOGO BAIXO, ALTO ASTRAL’, de Helena Ignez

Parte do projeto IMS Quarentena – Programa Convida, a atriz e cineasta revela parte de sua rotina durante o isolamento social causado pela pandemia de coronavírus. Única produção na categoria disponível também no YouTube:

CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO

Pré-indicado ao Oscar da categoria, ‘Seiva Bruta’, de Gustavo Milan, esteve entre os 21 curtas de ficção inscritos no GP do Cinema Brasileiro, mas não ficou entre os seguintes finalistas:

‘UMA PACIÊNCIA SELVAGEM ME TROUXE ATÉ AQUI’, de Érica Sarmet

Com significativos traços documentais, o mais ousado dos indicados traz grande atuação da cantora Zélia Duncan e enaltece a luta e resistência de mulheres homossexuais. Clique aqui para assistir.

‘A MÁQUINA INFERNAL’, de Francis Vogner dos Reis

Um dos dois indicados que retratam os metalúrgicos da região do Grande ABC, em São Paulo, a produção inova ao adotar elementos de horror sobrenatural para tratar de questões trabalhistas a partir de uma revolta sistemática das máquinas de produção. Assista aqui.

‘CÉU DE AGOSTO’, de Jasmin Tenucci

Se destaca pelo uso narrativo do formato de tela, que se expande gradualmente de uma proporção tradicional, próxima a um quadrado, para o formato retangular padronizado hoje em dia, simbolizando a abertura da protagonista a novas experiências, em especial à expansão de sua fé. Veja aqui.

‘ATO’, de Bárbara Paz

Após levar o Grande Otelo de melhor documentário, montagem em documentário e primeira direção em longa-metragem com ‘Babenco’, em 2021, a atriz e diretora retorna este ano com o curta mais experimental da categoria, onde Ava é contratada para ajudar Dante em seu processo de travessia. Confira aqui.

‘CHÃO DE FÁBRICA’, de Nina Kopko

Outro dos indicados que tem uma fábrica do ABC paulista como cenário, aqui as ações se dão em 1979, com quatro operárias passando o horário do almoço no vestiário feminino, onde falam de seus sonhos e expectativas sobre a grande greve que está por ocorrer. De visual interessante, suas cores pouco saturadas e baixa definição simulam o aspecto de filmes em película super-8, formato de vídeo doméstico bastante popular na época. Acesse aqui.

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