“O hip hop é a música do futuro”. Essa é a premissa que guia Barral Lima, idealizador do festival Palco Ultra, na sétima edição do evento – totalmente voltada à cultura que o músico e produtor destaca. Originalmente realizado de forma presencial, em Belo Horizonte, Minas Gerais, o evento chega, agora, ao universo das transmissões online com um line-up composto por figuras que expressam diferentes formas das linguagens do rap e do hip hop. Emicida, Rico Dalasam, Larissa Luz, Drik Barbosa, Tássia Reis, Clara Lima, Fenda, Roger Deff e Kdu Dos Anjos se apresentam no evento, que acontece nos dias 30 e 31 de julho, a partir das 20h. Os shows, gravados previamente, serão exibidos apenas nos dias do evento, pelo canal do grupo UN Music no Youtube.
O olhar atento à cena do rap e hip hop não é algo recente para Barral e a equipe do UN Music. O primeiro festival realizado por eles, inclusive, foi o HipHop.doc, em 2006. A pluralidade de caminhos pelos quais é possível levar essa cultura foi uma das bases para a escolha dos nomes que estão no line-up. A ideia foi refletir a diversidade sonora que o termo pode abraçar: “Buscamos artistas de várias tendências do Hip Hop. Uns mais próximos da MPB, outros do Pop, outros do R&B”, conta Barral sobre a programação composta tanto por nomes consolidados na cena quanto de artistas em plena ascensão.
EMICIDA REÚNE PABLLO VITTAR, MAJUR E BELCHIOR NO CLIPE DE “AMARELO”
No setlist, o Palco Ultra mescla canções já conhecidas na trajetória dos artistas que compõem o line a novidades. A cantora baiana Larissa Luz, por exemplo, fará a primeira apresentação do single “Cante Pra Chamar”, parceria com o projeto Rumpilezzinho, lançada no dia 6 de julho. O trabalho mais recente de Rico Dalasam, o disco Dolores Dala Guardião do Alívio, também ganha o palco na performance do rapper. A maioria dos shows foram gravados nos estúdios da Ultra Music, exceto as apresentações de Emicida (que traz no setlist faixas como “Passarinhos”, “AmarElo” e “É Tudo Pra Ontem”) e Drik Barbosa (a rapper apresenta músicas como “Mandume”, “Sobre Nós”, “Seu Abraço” e o hit “Quem Tem Joga”). Entre os nomes representantes da cena mineira, Kdu dos Anjos faz a primeira performance do single “Ciganinha”, lançado em junho, enquanto o mob feminino de hip hop Fenda mescla o repertório do grupo com faixas-solo das integrantes Laura Sette, Mayí, Paige e Iza Sabino (sempre acompanhadas pela DJ Kingdom).
A motivação para a escolha de priorizar o rap e o hip hop, além do poder de conexão que eles estabelecem com outros ritmos, é a força social que a cena traz. “É uma cena bem vibrante, uma potência social”, pontua Barral sobre as razões para colocar no mundo o Palco Ultra – Edição Hip Hop. “Não se trata apenas de realizar um evento. É importante também incomodar com novas experiências e, por isso, estamos atentos sobre quais mensagens estamos levando para as pessoas”, afirma. “O hip-hop é uma das principais linguagens urbanas e culturais do Brasil. Nesse sentido, esta edição do Palco Ultra dá ao movimento a importância que ele merece. Para a Claro, que preza por se conectar com o que há de mais autêntico na cultura urbana, participar desta edição é um orgulho”, completa Carlos Valle, diretor regional da Claro (patrocinadora do festival).