A Cinemateca Brasileira, entidade responsável pela preservação e difusão da produção audiovisual do país, retomou parcialmente as atividades nesta quinta-feira (18), após um longo período de interrupção dos trabalhos. A Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) firmou um contrato de doação com a Secretaria do Audiovisual do Ministério do Turismo, para retomar emergencialmente atividades da instituição.
Profissionais da área técnica, que já trabalharam na Cinemateca e foram demitidos pela antiga gestora em agosto de 2020, estão sendo recontratados aos poucos e começam a reocupar seus postos. Na medida do possível, outros colaboradores serão convocados para assumir funções que permitam a recuperação gradual da normalidade de atuação da Cinemateca.
O grupo, em tamanho reduzido, retorna à Cinemateca para uma apuração minuciosa dos possíveis danos causados ao acervo, aos equipamentos e em sua infraestrutura depois do fechamento e, ainda, em decorrência das crises que vêm assolando a instituição há alguns anos. Além disso, a equipe vai avaliar, assim que autorizado pela Defesa Civil, as consequências do incêndio ocorrido em julho passado na unidade da Vila Leopoldina, para elaborar um Plano de Reparação a ser apresentado à Secretaria Nacional do Audiovisual.
A reabertura da Cinemateca Brasileira decorre de uma doação da SAC ao governo federal, com a promessa da reconstituição do Conselho Consultivo da instituição como contrapartida. Neste primeiro momento, os fundos são provenientes da Fundação Vale. A professora Maria Dora Mourão, diretora executiva da SAC, conduzirá os serviços na transição até que o contrato de gestão por cinco anos seja firmado.
Assim que as condições objetivas permitirem, o público poderá voltar a frequentar a Cinemateca. O Banco de Conteúdos Culturais, no site da Cinemateca, já foi reativado pelo Ministério do Turismo.