ANUNCIADOS OS VENCEDORES DO FESTIVAL É TUDO VERDADE 2022

27ª EDIÇÃO DO EVENTO REUNIU MAIS DE 70 DOCUMENTÁRIOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
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11.04.2022

Divulgação / Reprodução

Considerado o maior festival de documentários da América Latina, o 27ª É Tudo Verdade se encerrou no último domingo (10) em cerimônia realizada no Espaço Itaú de Cinema, localizado na Rua Augusta, em São Paulo. A edição deste ano contou com 78 produções de mais de 30 países em sua programação, que voltou a ter sessões presenciais no Rio de Janeiro e na capital paulista após dois anos acontecendo de maneira remota, devido à pandemia. Ainda assim, parte dos filmes também foi disponibilizado online, consolidando o formato híbrido já adotado por diversos outros festivais no Brasil e no exterior.

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Nesta edição, o júri da competição brasileira de curtas, médias e longas-metragens foi composto pela historiadora Eloá Chouzal, pelo diretor e fotógrafo de cinema e televisão Carlos Ebert, e pelo escritor, roteirista e cineasta Renato Terra. O júri da competição internacional foi formado pelo cineasta e escritor brasileiro Luiz Bolognesi, pelo escritor, jornalista e designer uruguaio Hugo Burel, e pela cineasta norte-americana Megan Mylan.

As produções premiadas serão reapresentadas entre esta segunda (11) e a próxima quarta (13) através da plataforma É Tudo Verdade Play. Assim como em todo o festival, o acesso às reprises também será gratuito, mediante um rápido cadastro. Confira a lista com todos os vencedores, além dos respectivos prêmios em dinheiro e um resumo das considerações dos júris para cada contemplado:

Competição brasileira de longas e médias-metragens (R$ 20 mil):

‘Quando Falta O Ar’, de Anna Petta e Helena Petta

“Além de sua impecável qualidade cinematográfica”, o júri considera que o filme “captura a temperatura dos acontecimentos, o heroísmo e a exaustão dos profissionais de saúde a frente da pandemia, a luta pela vida dos pacientes, o alívio intenso dos que não se contaminaram, o medo presente no ar, a tristeza dos que perderam pessoas queridas. É um registro precioso de uma memória coletiva ainda recente e um registro inestimável da importância do Sistema Único de Saúde”.

Menção Honrosa:

‘Sinfonia de Um Homem Comum’, de José Joffily

O júri relata que, “com uma montagem envolvente, o filme conta a história de um brasileiro que lutou contra os imensos interesses norte-americanos por trás da Guerra do Golfo e na Síria”, sendo “hábil em equilibrar a índole inabalável e o talento artístico do diplomata José Bustani para contar sua história de um jeito original e eficiente”.

Competição brasileira de curtas-metragens (R$ 6 mil):

‘Cantos de um Livro Sagrado’, de Cesar Gananian e Cassiana der Haroutiounian

Para o júri, “com uma abordagem original, o filme amplia a compreensão da Revolução de Veludo ocorrida na Armênia em 2018. Ao adotar perspectivas complementares e simultâneas, vai do particular ao coletivo sem perder o fio da meada. Para isso, adota escolhas narrativas sofisticadas, elegantes e muito eficientes. Por extensão, ajuda a entender o que acontece atualmente na Ucrânia”.

Menção Honrosa:

‘Cadê Heleny?’, de Esther Vital

O júri descreve que o filme “usa a técnica de stop motion a partir de bonecos e bordados, realizados com primor por um coletivo de dezenas de pessoas, para recontar a história da prisão, tortura e desaparecimento de Heleny Guariba, militante da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), durante a ditadura militar brasileira”, observando que, assim, “Esther Vital faz uma costura com as trágicas ditaduras da América do Sul, um tema que, por mais que muitas vezes retratado nos últimos anos, adquire pertinência aumentada por mostrar a crueldade de uma ditadura celebrada pelo governo desumano que hoje está no poder”.

Competição internacional de longas e médias-metragens (R$ 12 mil):

‘O Filme da Sacada’ (Polônia), de Pawel Lozinski

Escolhido por unanimidade, o júri explica que o filme leva em conta “o mosaico de retratos profundos de personagens retirados do anonimato urbano por um dispositivo insólito e simples que realiza um surpreendente mergulho em suas personalidades, medos e desejos. Além do lirismo das personagens, a originalidade do dispositivo narrativo une a simplicidade da ideia genial com a postura de escuta paciente e sensível do realizador polonês Pawel Lozinski”.

Menção Honrosa:

‘Ultravioleta e as Gangues Cuspidoras de Sangue’ (França), de Robin Hunzinger

De acordo com o júri, a menção se justifica “pela construção de uma narrativa lírica reveladora do sentimento de desajuste feminino num mundo institucionalizado à revelia de seus valores e demandas. A beleza da narrativa consegue construir um panorama que combina história particular e pessoal com a memória cinematográfica da época, numa linguagem poética e original”.

Competição internacional de curtas-metragens (R$ 6 mil):

‘Como Se Mede Um Ano?’ (EUA), de Jay Rosenblatt

O júri ressalta “a originalidade da ideia, o esforço da produção que durou 17 anos, o controle necessário para garantir que durante todos esses anos a estética e a linguagem do filme não fossem afetados e o conteúdo humano, expresso no crescimento e na transformação da filha do cineasta – única personagem do filme”.

Menção Honrosa:

‘Ali e sua Ovelha Milagrosa’ (Iraque/Reino Unido), de Maythem Ridha

Segundo o júri, no curta se destaca “a sobriedade, a sensibilidade e economia dos recursos visuais e narrativos utilizados para contar a história de um menino de 9 anos que se vê obrigado a sacrificar Kirmeta, sua ovelha favorita. Em sua jornada para o local do sacrifício, Ali torna-se nosso guia para um Iraque que é ao mesmo tempo belo e empobrecido”, concluindo que “o filme é feito com objetividade e contenção esmagadoras”.

Prêmio Aquisição Canal Brasil de incentivo ao curta-metragem (R$ 15 mil):

‘Cadê Heleny?’, de Esther Vital

Prêmio EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual):

‘Sinfonia de Um Homem Comum’, de José Joffily (longa)

‘Solmatalua’, de Rodrigo Ribeiro Andrade (curta-metragem)

Prêmio Mistika (R$ 8 mil) para serviços em pós-produção digital, concedido automaticamente para vencedor da competição brasileira de curtas-metragens (‘Cantos de um Livro Sagrado’).

27º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários – Realizado entre 31 de março e 10 de abril de 2022, com sessões presenciais gratuitas no Rio de Janeiro e em São Paulo, e exibições online gratuitas no É Tudo Verdade Play, Itaú Cultural Play e Sesc Digital.

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