Antes que maio acabe, a cantora e compositora paulistana Pris apresenta o clipe de seu mais recente lançamento, a faixa “Compassion”. Misturando o lirismo suave do jazz com a urgência e a cadência do rap, o single representa um encerramento simbólico do álbum “Multidimensional”, conectando os extremos da jornada emocional da artista com sensibilidade e maturidade.
Com forte inspiração nos clubes de jazz intimistas, “Compassion” mergulha o ouvinte em um universo sonoro onde “a vulnerabilidade e a força coexistem”, como define Pris. A canção se destaca por um riff de saxofone analógico que percorre toda a faixa e cria uma atmosfera acolhedora e nostálgica. “Quisemos que a música soasse como um ‘inferninho’ de jazz: luz baixa, copos tilintando, e uma sensação de pausa no tempo”, explica a artista. O resultado é uma fusão elegante entre o clássico e o contemporâneo, que transforma a escuta em experiência.
Mais do que um experimento sonoro, a música é também um manifesto emocional. A partir de sua própria vivência, Pris reflete sobre os perigos de uma disciplina sem afeto. “Ao desenvolver a disciplina, comecei a me corrigir de forma pouco amorosa. Tornei tudo uma checklist. Ao invés de firme, eu me tornei rígida. E isso tem prazo de validade”, afirma. “Compassion” é, portanto, um convite à pausa, ao perdão interno e à retomada do equilíbrio entre produtividade e autocuidado, o que reflete na leveza e beleza das imagens do clipe da canção.
“Essa música, para mim, tem uma atmosfera mais solar. A mensagem é positiva e incentiva as pessoas a olharem mais para si e realmente se perguntarem se elas têm se tratado como tratariam os seus melhores amigos. Eu vejo essa palavra como um afago, como uma emoção que traz leveza e compreensão, por isso queria que o clipe evocasse uma sensação parecida”, destaca Pris.
Na cena independente, o álbum “Multidimensional” chega como um convite quase irrecusável e uma alternativa de trilha sonora que inspira reflexão e sensibilidade. “Para quem está me conhecendo agora, a mensagem principal que meu trabalho carrega como um todo poderia ser resumida na famosa frase ‘conheça-te a ti mesmo’. Se pudermos nos tornar mais conscientes de quem estamos sendo em nossa vida, de quem gostaríamos de nos tornar e de que toda a situação que vivemos carrega ouro (mesmo as desafiadoras), eu acho que aí podemos viver uma vida de maior significado”, finaliza.
