dadá Joãozinho segue construindo a estreia do seu primeiro álbum solo. Depois de “Ô Lulu”, o artista multimídia divulga videoclipe para a envolvente, emocional e inédita “Pai e Mãe”. A canção, que traz memórias pessoais, aborda com sensibilidade as relações amorosas dentro do ambiente familiar, com um olhar atencioso para a dinâmica entre a figura paterna e materna.
GILBERTO GIL REGRAVA “PAI E MÃE”, CANÇÃO DE 1975, AO LADO DE PRETA GIL
Versos como “reparando agora em comunhão / uma voz que levanta / o tom é do pai / o som e imagem” evidenciam aspectos do relacionamento dos pais de dadá Joãozinho que acabam por se tornar um reflexo da cultura em que estão inseridos. O cantor compartilha, então, suas percepções como filho, explorando as marcas deixadas por essas relações de construção tradicional e a importância de aprender e assimilar com cada evento vivido. Através de sua arte, o cantor busca investigar e curar feridas.
“A expressão, os gestos, a catarse de tudo que vive dentro do corpo, é meu guia. Eu investigo essas linguagens pra dar vazão ao que precisa sair de mim. E na minha devoção ao que faço, não vejo limites pra essa expressividade. Por algum tempo essa música me gerou desconforto pela crueza dela, por ser tão exposta. Quando recebi meus pais no estúdio, me libertei de muitas amarras que nossa história carregava na minha cabeça, e podiam ser coisas só da minha cabeça”, ressalta Joãozinho.
A sonoridade de “Pai e Mãe” é marcada por um autêntico samba que é atravessado por referências do hip hop e do punk, combinando elementos e inspirações de artistas como Gilberto Gil, Tribalistas e Negro Leo. A track, criada a partir dos sentimentos e convicções do cantor, busca inovar na música popular brasileira, misturando violão, percussões, baixo e órgão para criar uma atmosfera já conhecida e ao mesmo passo intrigante. O resultado é um passeio musical entre o passado e o futuro.
O videoclipe proposto para o projeto acompanha o clima emocional, proporcionando uma experiência reflexiva. Gravado em estúdio, o filme, dirigido por João Rocha e Rodrigo de Freitas – utiliza uma estética clássica em preto e branco, trazendo simplicidade e intimidade para ampliar os sentidos da obra. Cena a cena, captura a essência do single e acrescenta camadas sentimentais. dadá Joãozinho continua conectando-se com o público através de suas composições únicas e que registram a vida como ela é. Através de sua arte, convida os ouvintes a pensarem sobre suas próprias experiências e a importância de compartilharem histórias para criarem novos diálogos, construções e desconstruções.
A faixa tem a produção musical do próprio dadá Joãozinho, persona de João Rocha (RosaBege) em parceria com Matheus Ullmann e Pedro Chabudé. Aperte o play: