Conhecido na cena musical como cantor, guitarrista e compositor da banda Kanduras, o paulistano Raphael Thebas inicia uma nova fase em sua carreira com o lançamento de seu primeiro álbum solo. Com influências mergulhadas na MPB dos anos 70 e na música indie, “Bonança” exalta a beleza dos momentos do cotidiano presente entre o sossego e a aflição.
O primeiro registro solo de Thebas começou a tomar forma entre 2020 e 2021, quando ele começou a escrever novo material a partir de ideias que há algum tempo estavam na gaveta. “Resolvi tentar dar voz ao meu inconsciente. Por isso, dessa vez o trabalho de construção entre melodia e letra se deu de forma conjunta, fui tocando e encaixando as palavras simultaneamente, o que aparecia eu ia colocando. Foi um processo gostoso, que fiz sem pressa”, relembra o cantor.
Essa safra produtiva pouco tinha a ver com o estilo de sua banda e isso o fez pensar em lançar essa coleção de novas canções num disco solo. Incentivado pelo amigo Gabriel Martini (produtor e multi-instrumentista que trabalha com Guilherme Arantes), Raphael Thebas entrou em estúdio para gravar “Bonança”. “O álbum foi escrito neste processo de travessia da pandemia, tem aflição e calma. Por isso o título ‘Bonança’. O disco foi feito com equipamentos antigos no estúdio do Gabriel, com arranjos misturados em influências clássicas da nossa MPB e com loucuras do indie, do rock e até do jazz”, explica ele.
Entusiasta do trabalho colaborativo, Raphael Thebas reuniu amigos e novos parceiros na realização da obra. A produção musical foi feita de forma conjunta com Gabriel Martini, que também assina a mixagem, além de ser responsável por diversos instrumentos. A masterização ficou por conta de Luciano Vassão. O time conta ainda com nomes como Thais de Souza, Júnior Breed e o colega de Kanduras, André Bedurê, que já acompanhou Zeca Baleiro e Luiz Melodia.
Em sua estreia solo Thebas demonstra versatilidade e entrega uma performance vocal suave e sossegada. O álbum possui uma sonoridade marcante, com timbragens características dos anos 70 e 80. Outro ponto que merece atenção são os arranjos criativos e sofisticados com saxofone, flauta, violino e piano. Ouça na íntegra: