Madga Tagtachian faz parte da terceira geração de armênios na Argentina. A escritora e jornalista empresta a descendência para Alma, protagonista de “Alma Armênia”. Reconhecida internacionalmente pelo trabalho de valorização da história do povo armênio, Magda reflete na obra publicada pela VR Editora as experiências pessoais sobre a cultura.
Depois de se apaixonar pelo filho do editor-chefe do jornal que trabalha, um homem casado, Alma decide viajar ao Oriente Médio para se reconectar com suas raízes e se desvincular deste amor proibido. É neste movimento ousado que encontra muito mais do que imagina: conflitos internos e externos com uma infinidade de possibilidades.
Além da descendência armênia, há outros detalhes que aproximam a escritora da protagonista. Madga trabalhou por 20 anos no jornal argentino Clarín, assim como Alma, que antes da viagem atuou por 18 anos no Boston Times. A desconexão com o emprego foi outro motivo que impulsionou a personagem a abandonar o país e mergulhar nas suas origens.
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Ao longo das páginas, a história faz paralelos dos acontecimentos com movimentos de xadrez, jogo muito popular na Armênia que Alma aprendeu com o seu avô. Conflitos políticos contornam a narrativa e enriquecem a produção com a realidade histórica do Oriente Médio.
Amor, autoconhecimento, história e cultura envolvem as 464 páginas de “Alma Armênia”, leitura que empolga fãs de “O Gambito da Rainha” pelo envolvimento do jogo e conquista leitores de Julia Quinn pelo cunho histórico. Como num tabuleiro de xadrez, o amor faz sua jogada e quem comanda esta partida é Madga Tagtachian.