Publicado há mais de cinco décadas o livro “Pele Negra, Máscaras Brancas”, do martiniquenho, Frantz Fanon, se tornou uma leitura obrigatória a todos que possuem interesse em estudar, pesquisar e entender as relações raciais pós escravidão e colonialismo.
Os impactos do racismo na psique e alma humana são um dos enfoques do livro. Fanon nascido em 1925 é conhecido como um revolucionário de envergadura. Sua biografia é digna de uma trama épica. Conhecido por ser carismático, corajoso e ingovernável, ele lutou na África e Europa durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido inclusive condecorado por mais de uma vez pela sua bravura. Formou-se em psiquiatria e filosofia na França, a partir deste período passou a ser diretor do Departamento de Psiquiatria do Hospital Blinda, em Joinville na Argélia, que até então pertencia à França.
Tornou-se membro da Frente de Libertação Nacional, em 1962 a Argélia conseguiu sua independência e um ano antes, mas precisamente em 1961, Frantz Fanon faleceu em decorrência de uma pneumonia nos Estados Unidos, onde realizava tratamento para a sua leucemia. Um homem que saiu da vida e entrou na história. Deixou um legado singular para as gerações seguintes. Suas quatro obras influenciaram o pensamento político e social, nos estudos culturais e na filosofia. No Brasil inclusive, o educador Paulo Freire revelou que sua obra “Pedagogia do Oprimido” sofreu muita influência de Fanon.
O fato é que existe um mundo antes e depois das contribuições de Frantz Fanon. Seu pensamento permanece atual e encontra muito eco neste novo milênio. Você pode encontrar o livro através da editora EDUFBA